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Publicado em 8 dezembro de 2020

Construtechs crescem em meio à pandemia e são a aposta da construção civil para 2021.

Já falamos diversas vezes aqui sobre as construtechs e proptechs, empresas de tecnologia direcionadas para os setores de construção civil e imobiliária. Os dados sobre empresas como essas, já cresceram 23% em relação a 2019. A informação é do Mapa das Construtechs e Proptechs 2020, levantamento da Terracotta Ventures. O que não faz disso um fenômeno inexplicável em meio à pandemia.

Passado o susto inicial e as incertezas trazidas pelo surto de Covid-19, as empresas do setor entenderam que é nas crises que nascem as oportunidades. A tecnologia foi determianante para continuar um atendimento ao cliente apressado, exigente e com uma série de restrições de segurança. As construtechs encontraram o caminho para apresentar suas soluções que, embora já existissem há algum tempo, ainda sofriam com a resistência de muitas empresas tradicionais do setor.

Como é o caso da Skyline IP, que se viu em meados de abril, com grande demanda de produtos programados para a Realidade Virtual, empreendimentos lançados através de Lives Meeting, Telas Interativas Touch para estandes reduzirem o compartilhamento de folhetos que passaram a ser rejeitados no período. O Portfólio que a empresa já dispunha antes da pandemia passou a ser requisitado e fez com que seu fluxo de funcionários andasse na contramão do comércio e passou a contratar para atender aos clientes.

Os estudo sobre esse novo consumo, apontam que duas tecnologias se destacam: as de sistemas construtivos e as de análises de dados. Os sistemas construtivos garantiram mais agilidade, segurança e um viés ecológico à construção. Elas demonstram que tempo é o recurso mais precioso do cliente, por isso, buscam a otimização dos processos e a redução de desperdícios, promovendo uma obra muito mais eficiente.

Já as de análise de dados, atuam na geração de informações para a indústria, o comércio, o canteiro de obras e até para o consumidor final. De posse dessas informações, a tomada de decisões se torna muito mais assertiva, rápida e precisa. Utilizando tecnologias como a Tela Interativa, por exemplo, é possível analisar sensações, melhorar os planejamentos, a apresentação e até o relacionamento entre o corretor e o cliente, por exemplo, que entende melhor os padrões de compra.

Para especialistas, o ano de 2020 parece ter sido um divisor de águas para esse e tantos outros setores que se mostravam resistentes à adoção de novos recursos. Diante da pandemia, as empresas precisaram mudar comportamentos, estar mais abertas à experimentação e, ao que tudo indica, todas sairão muito melhores e mais fortes desse período de turbulência.

Não é à toa que as previsões apontam para um forte crescimento do setor de construção civil e para as construtechs em 2021. Os problemas de falta de matéria prima em função do fechamento temporário de muitas indústrias deve se resolver logo nos primeiros meses do ano. Quem cultivou conexões e alianças estratégicas com o mercado e com a tecnologia, deve finalmente começar a colher o que plantou em 2020. O próximo ano será de quem se dedicou a construir pontes. E não estamos falando literalmente.

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